Você já ouviu falar sobre a taxa de câmbio? Se você é da área do comércio exterior ou já viajou para o exterior, provavelmente sim. Abertura do dia, PTAX do dia anterior, entre outros, hoje traremos um pouco sobre essas nomenclaturas que vemos em nosso dia a dia.
Sempre que se fala em moeda estrangeira, o termo está presente. Não é difícil entender que significado é simplesmente o preço de uma moeda estrangeira em unidades da moeda nacional, no caso do Brasil, o real.
A taxa de câmbio representa o custo de uma moeda em relação à outra, não importa qual seja. É possível comparar a taxa de câmbio do real em relação ao dólar, euro, libra ou a qualquer outra moeda em circulação. Um exemplo para tentar explicar: se o preço de 1 dólar está em 5 reais, esta é a taxa de câmbio da moeda americana neste exato momento.
Diversos fatores podem contribuir para oscilar a taxa de uma moeda estrangeira em relação a outra, mas o principal é a oferta e demanda da moeda. O dólar por exemplo, é uma moeda forte e valorizada em relação a muitas outras, pois diversas transações comerciais entre países de todo o mundo se baseiam nela.
As taxas de câmbio são definidas a partir desses fatores e dos regimes cambiais dos países, que determinam como ela será calculada. O grande objetivo desses regimes é estabilizar o valor de uma moeda em relação a outra mais estável. Esses regimes podem ser de três tipos:
Regime cambial fixo
No regime cambial fixo, a autoridade monetária do país (equivalente ao Banco Central do Brasil) determina um valor fixo de uma moeda estrangeira em relação à sua moeda nacional. Ou seja, neste caso, a conversão é garantida pelo governo local pela taxa de câmbio determinada.
Regime cambial flutuante
Este é o regime cambial em que as taxas de câmbio são determinadas sem intervenção ou controle do governo do país. No caso, somente de acordo com a oferta e demanda do mercado.
É o mercado cambial que mantém e controla os preços das moedas. Mas, se houver necessidade, os governos podem interferir para tentar influenciar no preço das moedas. O dólar, euro, libra e outras das moedas mais negociadas aderem ao câmbio flutuante.
Regime cambial atrelado
O regime cambial atrelado é a junção do câmbio fixo e flutuante. Na prática, isso significa que a taxa de câmbio de outra moeda varia diariamente conforme a oferta e demanda, mas dentro de faixas determinadas pelo governo. Com isso, o governo pretende manter o preço atrelado às faixas definidas.
No Brasil, o modelo vigente desde 1999 é o regime cambial flutuante. Nele, o mercado financeiro tem menos autonomia para definir o preço do dólar. Isto porque o Banco Central, atento às movimentações, atua no mercado vendendo e comprando dólares de acordo com a política econômica do governo.
Quando há maior procura pela moeda estrangeira e a taxa de câmbio sobe a níveis não desejados, o BC pode vender dólares no mercado, aumentando a oferta e pressionando o preço para baixo. Assim, o real volta a se valorizar frente ao dólar e a taxa de câmbio cai.
De maneira inversa, quando há uma grande entrada de dólares no país, o Banco Central pode adquirir a moeda, injetando reais na economia, para não permitir a queda da taxa de câmbio, se seu interesse for manter o valor do dólar acima do preço ajustado pelo mercado.
E a PTAX?
A PTAX nada mais é que a média de quatro “cotações” publicadas pelo BC no dia. Ou seja, durante o dia o BC pública 4 taxas para indicar como está o real perante determinada moeda naquele momento e a PTAX é a média destas quatro taxas publicadas. Ela é calculada diariamente pelo BC com base na média das taxas de compra e venda praticadas pelos bancos brasileiros. Isso quer dizer que existem várias empresas e pessoas comprando e vendendo dólar no Brasil ao longo do dia, e o PTAX é uma média dessas operações.
E aí? Curtiu nosso bate papo resumido sobre a taxa de câmbio? Deixe seu comentário do que achou e curta nossa página nas redes sociais. ????
Autor: Marcello Figueredo – Assistente financeiro